terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Quando o Seu Destino É a Praia


“Belo farol, rumo certo,
pousando sobre um rochedo
Das ondas do oceano
não necessitas ter medo”

Tu és tão linda! És assim: um oceano inteiro pra eu me perder. E eu que sou filho do mar me deixo levar, sem medo, pelas tuas profundezas porque eu não gosto do raso, cara. É como se o raso me remetesse ao sem, ao pouco, ao nada. Eu gosto do fundo até quando é o do poço.
Tu és profunda, mulher. E eu, daqui, rezo apenas pra não me afogar e nem me perder nessas tuas ondas, nas tuas curvas, nas tuas orlas. Porque dentro dos teus olhos eu já fiz morada. E dentro do meu coração eu já te coloquei.
Eu jamais fui do rio, da cachoeira. Águas calmas e traiçoeiras - saca, mulher? Eu sou um turbilhão, um vai e vem, e quero mergulhar nessas tuas águas tão minhas.
Nessas horas a gente não precisa de muito, caranguejinho. Nessas horas de ir cada vez mais fundo. A gente só precisa da gente. E do afeto e do carinho e até - ousado que eu sou - do amor da gente.
Porque tu és feita assim; de amor. E ninguém vê. Transpiras amor, derretes amor, falas amor, cospes amor, respiras amor. E ninguém vê porque.. porque são tão tapados e limitados ao óbvio, ao visível. Tu não és vazia, e viestes pra me preencher. 
Encaixa a tua vida na minha que o sentimento não é pouco.

2 comentários:

Anônimo disse...

Que texto lindo, tu escreves maravilhosamente bem!

Anônimo disse...

Bianca, obrigado por estar sempre atenta às gotas de essência que cada indivíduo te entrega.
Cada palavra mostra o quanto é (in)tensa.

Que aqueles que atravessam seu caminho te entreguem um balão cheio de amor, e que os ventos te carreguem para onde possa se permitir todas as sensações.

Um beijo e mais um longo abraço.