quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Eu, Que Nunca Escrevi Uma Só Linha Que Prestasse

"Parece que dizes: Te amo, Maria. Na fotografia estamos felizes. Te ligo afobada e deixo confissões no gravador.. vai ser engraçado se tens um novo amor. Me vejo a teu lado - Te amo?, não lembro. Parece dezembro de um ano dourado. Parece bolero: te quero, te quero!"




Procura uma saída pra mim? Porque a dor aqui não passa e eu não queria que fosse assim. Porque o medo aqui não passa. Porque a insegurança prevalece e o temor já não é de mais nada além dele mesmo. Procura um encontro pra nós? Larga o cigarro e vem pra perto de mim? Não posso te deixar escapar e já o fiz. Perdi o que não se tem porque tomei posse sem consentimento. Um beijo por um sorriso teu. Ou seria o contrário? Voltei a chorar de saudades. Voltei a sentir falta. Antes elas eram de algo que eu não tinha e depois que tive e queria jogar pra frente, persistir, perdi. Vivo perdendo. A vida é assim, não é? Cheia de perdas, cheia de ganhos. Não tenho querido imitar o céu que aqui chora fazendo escândalos. O meu é em silêncio. 
Desisti de tentar te decifrar na vontade de ser devorada. Me abraça? Fica difícil sem te ter aqui. Diz que é paixão e não só aquilo que tem vários nomes? Diz que me quer? Porque eu te quero. Me explica o que houve depois que eu parti? Me explica qual foi o grande erro? Saudade do amor que parecia existir e agora partiu. Trouxe comigo? Mandou-se em outro voo? Teu bilhete me faz lembrar tudo isso: quem sabe uma história de amor? Gosto de me imaginar tua menina. Me desconcertas! Eu que costumava ser desconcertante.  
Um coração pode abrigar outro. Não tenho pressa. Nossos encontros são mensais, anuais, semanais. Queria estar nos teus planos. Não me esgota em ti no passar dos dias só porque tenho esse meu lado inseguro, só porque não tento a entrega e a confiança. Apaguei do passado as pessoas, mas não consigo deixar de sentir aquelas dores e então me privo. Não te comparo à ninguém, só não quero tudo errado de novo. Não espero de ti mais do que carinho e palavras sinceras. Fala-na-cara. Não espero nenhum amor, visto que sei que és a pessoa da minha vida. Não espero que pare o tempo pra me esperar porque o trem atrasou e eu posso chegar tarde. Só te peço que não me apagues. Desejo renascer e me descobrir tua. Faz uma coisa? Esquece tudo e guarda a leveza disso que não sei o que foi, o que é. 
Quero me sentir amada. Quero esquecer a tristeza que é viver sem te ver, mesmo sendo tua. Um dia me fala dos teus medos? 



"Desculpa se eu tive medo. Eu tive medo. Tive e tenho medo. Medo, inveja, ódio, ciúmes. Não menti, não queria mais a minha vida, mas tinha que defendê-la. E mesmo desde cedo te amando, desde cedo te expulsando."

3 comentários:

Fabianny de Alencar disse...

Acho que você ainda é desconcrtante.

lululul disse...

Você certamente ainda é desconcertante!

Postei um texto seu... de um outro blog...

P.s:. Você ainda gosta de pessoas estranhas te mandando msg?
P.s²:. Se não, me ignore.

lululul disse...

Flor é legal =)
É ótimo não ser estranha em lugares nada estranhos, em palavras cabíveis ao meu espaço, ou nosso espaço, não sei.

Beijo de glacê, branco, como você =)