quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Encontro.

Você tem 25 anos; você é tão novo e ingênuo! Basea-se em uma personagem; você se dizia de pedra, mas quem fala em amor jamais é assim e você conversou comigo durante horas. 
Você me olha com olhos de decifra-me; eu te olho com olhos de me devora. Meu Deus!, você é tão novo e eu teria tanto a te mostrar. 
Não, você não é cego nem viveu pouco. Eu sei que já deve ter sofrido um bocado, que sofreu um bocado e, veja só, por amor. Você não ama, você se esconde. Esconde-se como um menino com medo de trovões. E é disso que você tem medo: medo do amor. Vem aqui, encosta em mim, eu vou te mostrar que ele não é o feio da vida, que quando a gente quer, a gente faz do amor a coisa mais bonita da vida. Você é tão novo pra chamar qualquer coisa de desilusão! Você tem idade pra acreditar em finais felizes, mas tem medo de ser feliz e eu poderia te dar toda a felicidade do mundo. Do meu mundo.
Agora você tá aí, parado, me olhando bobo, com vontade de me amar e sabendo que eu o faria bem e que não o mataria e, enquanto você me olha com esses olhos quase fechados, chapados sei lá do que, eu estou aqui, no silêncio, no escuro, entrando em você. 
Você fala algumas coisas e estas te entregam, mas a sua timidez não me deixa aproximar. Eu pego cada palavra no ar e cada momento seu. Você é tão misterioso que parece que nem é daqui, que nem está aqui. Eu sou uma mulher curiosa e continuo tentando entrar. Você não percebe, até pensa que eu não presto atenção nessas coisas únicas, nessas coisas bonitas que você faz, mas eu paro no tempo a cada balbuciar e repito o dito duas mil vezes para não esquecer. Você é tão raro!, e tem apenas 25 anos! Você continua falando que foi difícil, que tem medo, que é tímido. E continua dizendo que é fechado mas durante toda a conversa e os dias eu te observei e você falou muito sobre você nas entrelinhas. Você não percebeu e eu não aprendi tudo, mas você falou tanto sobre você, menino, até com os olhos você falava. E você nem percebe que nessa vontade de ser incógnita você tem cada vez mais se aberto pra mim. E você é doce. E você é meu, porque eu quero que você seja meu. E você não se dá conta de que o passado passou e que eu estou aqui, na sua frente, embrulhada com laços de cetim, querendo ser o seu presente. 
Você não entende que eu estou te desvendando e eu deixo que seja assim pra que te entregues cada vez mais, aos poucos, no teu tempo, até cair de amores, ou de dores em meus braços porque eu te abraçaria e diria pra ter calma porque tudo passa. Ou até eu fazer isso. 
Uma semana é pouco tempo e você continua me fitando com seus olhos, tão lindos! Eu estou ficando embriagada e você não tem paciência comigo. E eu te olho como quem tira um retrato porque a gente corre o risco de ser a última vez. E não quero nunca, nunca! uma última vez com você. Posso te chamar de amor? Eu sou uma serial killer do amor, sempre acabando com tudo, sempre matando desde o começo. Não por mal, mas de tanto querer bem. 
Você continua pensando que eu não conheço nada de você, mas você mesmo tem me contado tudo. Eu estou com tanta vontade de te abraçar! Volta logo? Eu não suporto ser sozinha no mundo e agora eu te encontrei. Tenta querer me encontrar também? Eu tenho tanto amor em mim! O seu beijo é doce e eu me sinto envenenada.

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